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Foto do escritorPSOL MANAUS

Partidos de oposição cobram que bancos paguem pela crise e empregos e direitos sejam preservados


Os presidentes de diversos partidos de oposição se reuniram na última quinta-feira (2) para buscar soluções conjuntas para superar a crise econômica, social, sanitária e humanitária pela qual passa o Brasil durante a pandemia do novo coronavírus. Representantes de PSOL, PT, Rede, PV, PSB, PDT, PCdoB e PCB afirmam na nota que é hora de cobrar dos bancos e instituições financeiras que eles também deem sua cota de sacrifício diante da crise do coronavírus.


“Já passou da hora do sistema financeiro contribuir com parcela de seus bilionários e indecentes lucros para o esforço nacional contra o coronavírus e seus impactos”, dizem os presidentes do partido na nota.


Os partidos também declararam apoio à posição das centrais sindicais que repudiam a MP 936 de Jair Bolsonaro, que permite o corte de até 100% dos salários de empregados com compensações absolutamente insuficientes do governo federal. As bancadas destes partidos, com destaque para a do PSOL, vão lutar pela derrubada da MP no Congresso Nacional.


Leia a nota dos partidos de oposição na íntegra:

EM DEFESA DA SAÚDE, DOS EMPREGOS E DOS SALÁRIOS; COBRAR DOS BANQUEIROS SUA COTA NESTA CRISE


Reunidos para analisar a conjuntura nacional e os impactos da crise do coronavírus sobre a saúde pública, a economia e a vida da população, os partidos políticos de oposição declaram:


1) É urgente mobilizar todos os recursos financeiros e logísticos para adquirir, dentro e fora do país, equipamentos hospitalares e de proteção ao público e aos profissionais de saúde; oferecer leitos de UTIs e aplicar testes à população nos parâmetros médico-científicos. Para dar uma amostra do atraso e insuficiência das ações no Brasil: apesar do remanejamento de R$ 5 bilhões nas emendas orçamentárias, apenas R$ 424 milhões foram transferidos aos estados e somente esta semana chegaram ao país os 500 mil testes adquiridos na China, igual ao volume que a Alemanha aplica em apenas uma semana. É preciso recuperar o precioso tempo perdido com os erros e a imprevidência do governo federal nesta crise;


2) Total apoio à posição manifestada em nota das Centrais Sindicais nacionais sobre a Medida Provisória 936, por desrespeitar as garantias constitucionais dos acordos coletivos e da atuação sindical em defesa do trabalhador, e por não garantir o emprego e os salários;


3) A oposição vai atuar no Congresso Nacional para rejeitar a MP 936 e construir em conjunto uma proposta legislativa que garanta realmente a estabilidade no emprego e o pagamento dos salários, nas empresas economicamente afetadas pela crise, especialmente as pequenas e médias que mais empregam;


4) Já passou da hora do sistema financeiro contribuir com parcela de seus bilionários e indecentes lucros para o esforço nacional contra o coronavírus e seus impactos; é moralmente inaceitável que os banqueiros permaneçam alheios a essa crise humanitária e que o governo continue cumulando o sistema de benefícios, sem exigir contrapartidas e sequer uma justa taxação de seus lucros, no momento em que o país mais precisa.



Brasília, 2 de abril de 2020


Juliano Medeiros, PSOL Carlos Lupi, PDT Carlos Siqueira, PSB Edmilson Costa, PCB Gleisi Hoffmann, PT José Luiz Penna, PV Luciana Santos, PCdoB Pedro Ivo Batista, Rede


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