Desde 11 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou uma pandemia mundial do novo coronavírus, que também já chegou ao Brasil com pelo menos 200 casos confirmados no país até esta segunda-feira (16), principalmente em grandes metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro.
Sem criar pânico, mas dando a atenção que a crise sanitária e econômica decorrente do novo coronavírus necessita, é fundamental seguir as recomendações das instituições de saúde nacionais e internacionais. Mesmo que o próprio presidente Jair Bolsonaro descumpra tais recomendações sistematicamente.
Até o momento, o Centro de Operações de Emergências do Ministério da Saúde e os principais órgãos de saúde recomendam as seguintes medidas pessoais:
Higienize frequentemente das mãos. É importante lavá-las sempre que chegar em casa e em outros momentos do dia.Álcool gel a 70% também é eficiente para matar o vírus.Evite levar as mãos ao rosto.Os vírus respiratórios se espalham pelo contato, portanto, ao invés de um aperto de mão, beijo ou abraço, cumprimente as pessoas de longe por enquanto.Limpe e desinfecte, com produtos de limpeza como detergente e álcool, objetos e superfícies tocados com frequência, como brinquedos, maçanetas e celulares.Agora e sempre, durante a temporada de gripes e resfriados, fique em casa se estiver doente. Só procure os serviços médicos se sentir desconforto respiratório, como falta de ar. Devemos priorizar o atendimento médico e os testes para essas pessoas.Evite, se possível, aglomerações.Quem não tem sintomas não deve usar máscaras, para que não falte para quem precisa e porque elas perdem a eficácia após 2 horas de uso. A máscara deve ser usada caso a pessoa esteja sintomática, para evitar a disseminação do vírus.Idosos devem restringir o máximo possível seu contato social durante este período.Os grupos de risco devem tomar a vacina contra a gripe (o começo da Campanha Nacional de Vacinação será antecipada para o dia 23 de março). Isso facilitará a identificação de casos de coronavírus.
É importante ressaltar que as medidas acima servem para prevenção de todas as doenças respiratórias virais e que as recomendações das autoridades podem mudar nos próximos dias.
O Ministério da Saúde disponibiliza o telefone 136 para atender quem tiver dúvidas.
Mantenha a calma. Cuidados são necessários. Pânico, não!
Cerca de 80% das pessoas com Covid-19 desenvolvem sintomas leves e não precisam de atendimento hospitalar. Acontece que o Brasil tem mais de 200 milhões de habitantes, portanto, apesar de o risco individual não ser alto, a depender da velocidade da epidemia, 20% podem representar muitas pessoas e sobrecarregar os sistemas de saúde público e privado.
Sabemos, com base em dados dos outros países que enfrentaram a epidemia primeiro, que a taxa de mortalidade geral da doença é de cerca de 3%. Pessoas com mais de 60 anos, com outras doenças associadas, como hipertensão, diabetes, insuficiência cardíaca e fumantes, ou imunossuprimidas (que estejam em tratamento de câncer ou convivam com HIV, por exemplo) são as que correm maior risco de precisar de tratamento mais intensivo, como suporte em UTI.
No Brasil, a existência de um sistema único de saúde pública (SUS) facilita a aplicação de ações coordenadas para contenção da pandemia do novo coronavírus. Defender o SUS é fundamental!
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