Na última sexta-feira (30/10) a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS) informou o Boletim Diário de Casos de Covid-19 com o registro de 838 novos casos de Covid-19, onde 375 casos foram detectados por teste rápidos em Manaus. Desde o início da pandemia o Governo do Estado do Amazonas e a Prefeitura Municipal de Manaus tem criado mecanismos para que as atividades em diferentes setores beneficiem interesses puramente econômicos sem se preocupar com a vida e com o bem estar da população, visando puramente o lucro das empresas (em especial hospitais privados que se beneficiam de verba pública oferecida pelo SUS).
Manaus foi destacada em noticiários internacionais por se tornar o epicentro da epidemia no Amazonas. Salta aos olhos os casos que foram muitas vezes subnotificados devido a ausência de testagem disponíveis à população. Há uma necessidade de um monitoramento que possa estabelecer indicadores confiáveis e informações completas diante dos dados oficiais apresentados nas filas para atendimento, leitos e UTIs disponíveis. É necessário e garantir política de saúde eficiente, democrática, no combate à pandemia.
O governo do estado do Amazonas e prefeitura municipal de Manaus seguem negando a existência da segunda onda do novo Covid19, evidenciando o descaso e a irresponsabilidade com a vida humana. Wilson Lima (PSC) e Arthur Virgílio Neto (PSDB) negam que o estado e a capital estejam sob uma segunda onda, mesmo com a situação alarmante de registro de novos casos confirmados, óbitos e a superlotação de hospitais nas últimas semanas. A preocupação do governador e da prefeitura não é com a população e sim com os empresários, que se evidencia na negligência com a vida e a importância dada ao lucro. A pandemia tem sido usada como palanque político sem a real defesa do Sistema Único de Saúde - SUS e de outras medidas que possibilitem condições dignas para a população. Nesse contexto, a mobilização da rede privada de saúde ocorre garantindo a geração de mais-valor dos hospitais dessa rede, inclusive com recursos públicos, concomitante com uma disposição política contrária à saúde pública universal e gratuita.
Diante da ampliação de casos em Manaus, o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas precisa rever os protocolos para as Eleições 2020 e se responsabilizar, junto com todos os partidos, sobre a realização do pleito este ano, num contexto de contágio. O PSOL Manaus e suas candidaturas nas Eleições 2020 elaboraram medidas a serem adotadas durante as Eleições 2020 para além das ações sanitárias já estabelecidas, reforçando também o compromisso em defesa do SUS, da realização de atividades com o distanciamento social e atividades que possam oferecer cuidado e saúde. Lutamos pela ampliação de leitos, equipamentos e equipes de profissionais até medidas sociais para garantir alimentos, renda e direitos. O PSOL sugere aos seus filiados e filiadas, militantes e apoiadores que mantenham o calendário mínimo e com todas as condições de biossegurança, conforme os protocolos propostos pelo partido.
O PSOL Manaus seguirá na luta para que o povo manauara obtenha condições materiais e auxílio financeiro para ficar em casa, até que haja um controle real da pandemia, colocando sempre a vida acima do lucro. E o partido permanecerá junto dos movimentos sociais e organizações das comunidades de periferia, das categorias profissionais que lutam para manter seus direitos e os cuidados com pandemia e das organizações de Direitos Humanos, cobrando de Arthur Virgílio Neto (PSDB), Wilson Lima (PSC) e Bolsonaro (Aliança Pelo Brasil) as medidas concretas para uma quarentena efetiva com garantia de renda e direitos. Só a nossa luta unificada pode arrancar vitórias desses governos que sustentam os interesses empresariais mesquinhos e genocidas. Lutamos para que o voto não se torne moeda de troca nas Eleições 2020.
Manaus, novembro de 2020
Diretório Municipal do PSOL Manaus Candidaturas do PSOL nas Eleições 2020